A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) divulgou uma nota oficial nesta semana desmentindo um áudio de 4:28 minutos, que circula em aplicativos de mensagens, no qual um homem que se diz biólogo e atuante em área de endemias da Vigilância Sanitária de Belo Horizonte, afirma que uma mosca-doméstica estaria transmitindo tuberculose. Segundo ele, casos seriam registrados na UPA de Venda Nova e região norte da capital, além de algumas cidades da região metropolitana. O inseto transmitira a doença em contato com a pele humana. A informação, no entanto, foi classificada como inverídica.
De acordo com a SMSA, não há casos registrados de tuberculose transmitidos por moscas ou outros insetos, uma vez que a bactéria Mycobacterium tuberculosis, causadora da doença, não pode infectar insetos. A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível de pessoa para pessoa, principalmente por meio da tosse, espirro ou fala.
O comunicado também destacou que a pessoa responsável pela gravação do áudio não faz parte da rede SUS-BH, reforçando que o conteúdo não tem qualquer vínculo oficial com a vigilância sanitária.
A SMSA alertou para os perigos de propagar informações falsas, que podem gerar pânico desnecessário na população e prejudicar a atuação do poder público. “Informações como essa causam alarde e impactam negativamente na confiança em órgãos de saúde”, afirmou a subsecretária Thaysa Drummond Martins, responsável pela Vigilância em Saúde da capital.
A importância de combater fake news
Com o aumento da circulação de informações falsas em redes sociais, a SMSA reiterou a necessidade de checar a veracidade de conteúdos antes de compartilhá-los. Em caso de dúvidas sobre saúde pública, o ideal é buscar informações diretamente em canais oficiais ou com profissionais capacitados.
A tuberculose é curável e tratável gratuitamente pelo SUS. Qualquer suspeita da doença deve ser investigada por meio de exames disponíveis nas unidades de saúde.