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João Monlevade
sexta-feira, junho 27, 2025
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2024 será o ano mais quente da história, afirma Copernicus

pela primeira vez, a temperatura global anual deverá exceder 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais, uma marca significativa no contexto das mudanças climáticas

O ano de 2024 caminha para ser o mais quente já registrado, segundo o Programa Copernicus de Observação da Terra da União Europeia. Dados recentes apontam que, pela primeira vez, a temperatura global anual deverá exceder 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais, uma marca significativa no contexto das mudanças climáticas.

Em novembro, a temperatura média global atingiu 14,1 ºC, superando em 0,73 ºC a média de 1991 a 2020, e esteve 1,62 ºC acima dos níveis pré-industriais, configurando-se como o segundo novembro mais quente da história, após o recorde de 2023.

De acordo com Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus, “os dados confirmam com quase certeza que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro acima de 1,5 ºC”. No entanto, Burgess ressalta que um único ano acima desse limite não representa a quebra do Acordo de Paris, que considera uma média plurianual, mas enfatiza a urgência de ações climáticas ambiciosas.

O relatório Estado do Clima, da Organização Meteorológica Mundial (OMM), também aponta que 2024 será o ápice de uma década de aquecimento extremo. Entre janeiro e setembro, a temperatura média global já ficou 1,54 ºC acima dos níveis pré-industriais.

O Copernicus baseia suas conclusões em bilhões de dados coletados globalmente por satélites, navios, aviões e estações meteorológicas, destacando a relevância e urgência da questão climática.

Diante do agravamento das mudanças climáticas e da possibilidade de 2024 se tornar o ano mais quente da história, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacou a necessidade de ações imediatas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e fortalecer as estratégias de adaptação climática.

O relatório da OMM ressalta avanços importantes, como os sistemas de alerta antecipado e serviços climáticos, que ajudam a mitigar os impactos de eventos extremos. A iniciativa Early Warnings for All (EW4All) tem sido fundamental para preparar populações vulneráveis, com mais de 100 países já utilizando esses sistemas para vários riscos, salvando vidas e protegendo meios de subsistência.

Apesar do progresso, a OMM alerta que uma ação mais coordenada é essencial. “Cada incremento adicional do aquecimento global aumenta os extremos climáticos, os impactos e os riscos”, destacou Celeste Saulo, secretária-geral da organização. Ela enfatizou que reduzir emissões e investir em resiliência climática são passos cruciais para minimizar perdas futuras em um cenário de crescente instabilidade climática.

As mudanças climáticas demandam respostas globais urgentes para evitar que os efeitos se tornem irreversíveis, afetando gravemente ecossistemas e comunidades.

Com informações da Reuters

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